
Jimmy Rushing (1901-1972) foi um cantor de blues e jazz mais conhecido como o vocalista da orquestra de Count Basie. Apelidado como ‘Mister Five-a-Five’, uma referência carinhosa à sua altura e peso, ele era dono de uma voz potente que tanto dominava o blues shouter quanto o swing. Em qualquer um dos estilos ele irradiava alegria. Rushing conseguiu fama na frente da banda de Count Basie, entre 1935 e 1950, mas ao contrário de muitos cantores da banda ele foi capaz de continuar depois com uma série de gravações solo, que aumentaram ainda mais a sua reputação como o primeiro cantor de jazz de primeira classe. James Andrew Rushing foi criado em uma família musical, seu pai era trompetista e sua mãe cantora. Aprendeu piano, violino e teoria musical, e quando adolescente começou a atuar em casas noturnas. Em 1923, como cantor de blues, percorreu o centro-oeste dos EUA com grupos itinerantes antes de se mudar para Los Angeles, Califórnia, onde cantou com Jelly Roll Morton. Em 1927 se juntou à banda de jazz ‘Blue Devils’ do baixista e líder Walter Page, e em seguida excursionou com Bennie Moten de 1929 até a morte do líder em 1935, indo para a orquestra de Count Basie, quando este assumiu a liderança da banda de Moten.
A seção rítmica de Basie foi perfeita para Rushing, as gravações ‘For You Sent Yesterday’ e ‘Boogie Woogie’, em 1936, carimbaram o seu nome na cena nacional, como também o de Lester Young. Suas melhores gravações são, provavelmente, ‘Going to Chicago’ e ‘Harvard Blues’ com o famoso solo de saxofone de Don Byas. Quando se separou de Basie em 1950, vítima dos tempos difíceis para as ‘big bands’, Rushing então formou seu próprio grupo e lançou uma série de álbuns solo para a ‘Vanguard Records’, e depois fez parte em várias gravações pela ‘Columbia’ com Dave Brubeck, Coleman Hawkins e Benny Goodman. Gravou também com alunos de Basie, como o trompetista Buck Clayton e Jo Jones, conhecido depois como Papa Jo Jones, um dos mais influentes bateristas na história do jazz, bem como no álbum ‘Jazz Party’ de Duke Ellington em 1959. Jimmy Rushing apareceu na TV em ‘The Sound of Jazz’, em 1957, e foi destaque em 1960 no show ‘The Evolution of the Blues’ escrito e dirigido pelo gênio do ‘vocalese’, Jon Hendricks, para o ‘Monterey Jazz Festival’. Em 1969, cantou e atuou no filme ‘The Learning Tree’, o primeiro longa-metragem dirigido por um afro-americano, o pioneiro fotógrafo, músico, poeta, romancista, jornalista, ativista e diretor de cinema, Gordon Parks, mais lembrado por seus ensaios de fotos para a revista ‘Life’ e como o diretor do filme ‘Shaft’ de 1971. Depois que ficou doente, com leucemia, em 1971, a carreira de Jimmy Rushing terminou. Um ano depois, faleceu em Nova York.
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