
Joshua Daniel White (1914 - 1969), mais conhecido como Josh White, foi cantor, guitarrista, compositor, ator e ativista dos direitos civis. Ele também gravou com os nomes ‘Pinewood Tom’ e ‘Tippy Barton’ em 1930. No auge de sua popularidade nos anos 1940 e início de 1950, Josh White era internacionalmente famoso como intérprete de blues e folk. Uma figura sexy que ocupou o palco de clubes e salas de concerto, cantando em uma voz de barítono suave, com sua camisa desabotoada e um cigarro pousado ousadamente por trás de uma orelha. E que pavimentou o caminho para Harry Belafonte e outros artistas. Sua carreira se estendeu de 1930, quando ele era conhecido como cantor e guitarrista de blues e a partir de 1960, quando o revival folk que ele cultivava atingiu seu pleno florescimento. Após a sua morte, em 1969, no entanto, White foi muitas vezes ignorado. Joshua Daniel White nasceu em Greenville, Carolina do Sul, em 1914, no auge da violência imposta pela segregação racial no Sul. Seu pai, Dennis, um alfaiate e ministro metodista, foi jogado em um manicômio depois que pediu a um cobrador branco que saísse da sua casa quando o homem cuspiu no chão. Sua mãe, que gravitava entra as Igrejas Metodistas concordou em deixar seu filho ir para a estrada como condutor do cantor cego de blues John Henry Arnold, ela pensou que seu filho estaria fazendo a obra de Deus, conduzindo um cego.
Durante os anos 20 e 30, Josh White se tornou um proeminente artista, com várias gravações em gêneros como blues de Piedmont, country blues, gospel e canções de protesto social. Em 1931, mudou-se para New York, e dentro de uma década, sua fama se espalhou amplamente, e seu repertório foi ampliado para incluir blues urbano, jazz, tradicionais canções folclóricas e canções de protesto político. E logo se tornou um ator do rádio, da Broadway e do cinema. Josh White também se tornou o amigo mais próximo e confidente do presidente Franklin D. Roosevelt. No entanto, a sua luta internacional pelos direitos humanos e a sua posição política apresentada em muitas de suas gravações e em seus discursos e comícios resultou na acusação dele ser comunista e, consequentemente, na perseguição dos que defendiam o macartismo, termo que descreve um período de intensa patrulha anticomunista, perseguição política e desrespeito aos direitos civis nos Estados Unidos. Assim, a partir de 1947, Josh White foi denunciado no Red Scare, período que incidiu sobre os comunistas nacionais e estrangeiros que influenciavam a sociedade ou eram infiltrados no governo federal, ou ambos. Combinando este fato e a sua tentativa para ‘limpar’ o nome, sua carreira foi danificada. O seu nome apenas foi retirado da lista negra em 1963 quando o presidente John F. Kennedy o convidou para aparecer no especial de televisão ‘Jantar com o Presidente’. A sua saúde começou a declinar abruptamente e ele morreu em 1969 depois de três ataques cardíacos, além de sofrer de enfisema, úlceras, psoríase severa em suas mãos que sangravam em cada concerto