
Marlena Shaw começou sua carreira na década de 1960 e ainda continua forte. É uma das vocalistas de jazz mais versáteis e carismáticas em cena hoje. Sua presença extrovertida no palco lhe dá uma vantagem sobre as outras vocalistas, e cantando ao vivo diante de uma platéia é o lugar onde ela se sente mais confortável. Suas atuações sempre foram marcadas por uma mistura engenhosa e inebriante de jazz, soul, pop e r&b que continua a deslumbrar o público. Sua música atravessou as fronteiras em várias épocas e foi homenageada nas gerações seguintes ao aparecer nas gravações de hip-hop.
Marlena Shaw nasceu Marlina Burgess em 1942, em New Rochelle, Nova York. Sua introdução na música veio através dos discos de Dizzy Gillespie e Miles Davis do seu tio, o trompetista Jimmy Burgess que tocou com o pianista Horace Silver e levou a sobrinha para cantar durante um programa no famoso Apollo Theater no bairro do Harlem de Nova York, quando ela tinha apenas dez anos. Apesar da entusiástica recepção que recebeu em frente a uma das mais difíceis audiências do mundo, a mãe de Marlena se recusou a deixá-la prosseguir como cantora e acompanhar o tio pela estrada do jazz. Entretanto, Marlena foi inscrita para estudar música e apaixonada pelo jazz comprou discos de Al Hibbler, um vocalista que teve grande influência em seu estilo de cantar. Infelizmente, ela desistiu da música, casou-se e teve cinco filhos. Mas, ainda sonhava com uma carreira musical e cantava sem compromisso sempre que podia. Em 1963, fez algumas aparições em clubes de Nova Inglaterra com um grupo de jazz liderado pelo trompetista Howard Mc
Ghee. E no mesmo ano iria se apresentar no prestigiado Festival de Jazz de Newport, mas deixou o grupo após uma discussão com um dos membros da banda.
marlena shawEla continuou a cantar em pequenos clubes até que em 1965 atingida por doenças misteriosas perdeu completamente a voz. Recuperada em 1966 fez um show no ‘Playboy Club’, e sua carreira decolou a partir daí. A sua ligação com a empresa Playboy com sede em Chicago levou-a a cruzar com a ‘Chess Records’, com quem assinou um contrato e gravou um hit, uma versão vocal do instrumental de ‘Mercy, Mercy, Mercy’ de Cannonball Adderley e lançou, pela subsidiária ‘Cadet Records’, o seu primeiro álbum ‘Out of Different Bags’ em uma diversidade de estilos, incluindo blues, jazz, pop e soul. Antes de deixar a companhia gravou ‘Spice of Life’ em 1969. Entretanto continuou a aperfeiçoar suas habilidades no jazz ao chamar a atenção do maestro Count Basie, com quem trabalhou por quatro anos. Em 1972, deixou a prestigiada ‘Count Basie Orchestra’ e foi a primeiro vocalista do sexo feminino a assinar contrato com a ‘Blue Note Records’ e viajou por um tempo com Sammy Davis Jr. Gravou cinco álbuns e os críticos a compara
ram a Dinah Washington e Sarah Vaughan. Em 1977, Marlena estava pronta para uma nova mudança. Primeiro assinou com a ‘Columbia Records’, e por pressão da gravadora partiu para gêneros mais lucrativos, o pop e R&B. Mas, voltou para o seu amor real, o jazz, na década de 1980 com dois álbuns pelo selo ‘Verve’. Viajou em circuitos internacionais e os fãs começaram a se acumular em lugares como Japão e Inglaterra.
2004-Looking For Love

Anthology
