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Mavis Staples





Mavis Staples é mais conhecida como a vocalista do ‘The Staple Singers’, um grupo de cantores de gospel, soul e r&b que floresceu a partir da década de 50 até a década de 70. Tem uma voz rica de contralto, sem a improvisação de Aretha Franklin, é verdade, ou o poder de Patti LaBelle, mas de uma profunda sensualidade expressa com emoção. Mavis Staples nasceu em Chicago, Illinois. Seu pai cresceu em Dockery Plantation, no Mississippi, local chave no desenvolvimento do blues, e tinha aprendido a tocar guitarra com o grande bluesman Charley Patton. Depois, mudou-se para norte, até Chicago, e em 1936 ele começou a organizar quartetos gospel. Em 1947, insatisfeito com os hábitos do seu grupo ‘Trumpet Jubilees’, Roebuck Staples, Pops Staples, como ele ficou conhecido, recrutou as suas filhas Cleotha e Mavis e seu filho Pervis e se apresentou à platéia de uma igreja. E assim ‘Staple Singers’ nasceu. O grupo se apresentava nas igrejas de Chicago e, em seguida, em um programa semanal de rádio. ‘The Staple Singers’ se d

estacou não somente por causa da guitarra de Pops Staples, mas também devido ao vocal de Mavis com um pouco mais de 15 anos, que na época considerou ir para a escola de enfermagem, mas finalmente optou por permanecer com o grupo familiar.

Quando ‘The Staple Singers’ se desfez, Mavis Staples também lançou uma série de álbuns como artista solo e ganhou outros músicos como admiradores de seu trabalho, incluindo Prince e Bob Dylan que era fã de ‘Staple Singers’ desde que ouviu suas gravações na rádio AM em Minnesota. Um romance aconteceu entre Dylan e Mavis, embora não tenha sido revelado publicamente até muitos anos depois. Dylan lhe propôs casamento, mas foi recusado, apesar de Pops Staples apoiar. Os dois tornaram-se amigos, e mais tarde Mavis lamentou sua decisão. Em 1970, o irmão saiu do grupo sendo substituído pela irmã Yvonne. Até o final dos anos 80, sem contrato de gravação, o grupo estava vivendo em Chicago e enfrentando problemas financeiros quando outro fã do mundo pop, Prince, lhes ofereceu um contrato de sete anos em sua gravadora.

Pops Staples morreu de complicações decorrentes de uma contusão sofrida em 2000. Mavis continuou a tradição da família em seus empreendimentos solo. Em 2005 recebeu um prêmio Grammy por sua obra em nome do ‘The Staple Singers’. Atualmente vive em Chicago perto de suas duas irmãs, um das quais - Cleotha - tem Alzheimer. Infelizmente, Cleotha não reconhece Mavis e sua outra irmã, Yvonne. Apenas sorri quando as ouve cantar as canções de ‘The Staple Singers’. É impressionante como a música persiste em nossas memórias, como ela pode nos levar de volta em algum lugar do passado que achávamos esquecido. A música tem esse poder de desbloquear lembranças do passado, mesmo em mentes que estão falhando

‘Staple Singers’ como ativistas musicais no movimento dos direitos civis dos anos 60 eram vozes poderosas de igualdade e de mudança. E mais do que 40 anos após Mavis passar a noite em uma cadeia de West Memphis, Arkansas, a mando de um policial racista, ela ainda se lembra do terror da experiência, assim como o discurso mais famoso e lembrado de Martin Luther King: ‘Eu tenho um sonho’ no qual falava da necessidade de união e coexistência harmoniosa entre negros e brancos no futuro. Esse episódio é a peça central da canção ‘My Own Eyes’ do álbum ‘We'll Never Turn Back’. Um álbum conceitual, de canções da luta racial nos anos 50 e 60, produzido pelo guitarrista Ry Cooder e com o apoio do original ‘Freedom Singers’, um grupo da década de 60 cujas canções de liberdade foram hinos espirituais e frequentemente modificadas para refletir os objetivos políticos do movimento pelos direitos civis; e ‘Ladysmith Black Mambazo’, um grupo vocal masculino sul-africano formado no início da década de 60. Mavis Staples continua

a ser uma artista notável, e neste álbum emprega a emoção ligando a injustiça de ontem com a marginalização contínua dos negros na sequência do furacão Katrina. Sua arte e força continuam a brilhar intactas

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1990-Dont Change Me Now


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