Blues Antigo: Sam Cooke

Sam Cooke (22 de janeiro de 1931 – 11 de dezembro de 1964) foi um artista, cantor e empresário estadounidense muito reconhecido e estimado.

Considerado como um dos pioneiros e fundadores da soul music, Sam Cooke inseriu o espírito da igreja na música popular, criando um novo som e colocando em movimento uma cadeia de eventos que para sempre alterou o curso da soul music e as relações raciais na América. Comumente conhecido como o rei do soul por suas habilidades vocais características e influência sua contribuição pioneira levou ao surgimento de Aretha Franklin, Bobby Womack, Al Green, Curtis Mayfield, Stevie Wonder, Marvin Gaye e popularizou Otis Redding e James Brown. O artista que mais se inspirou em Sam Cooke foi Rod Stewart, que já gravou muitas de suas canções ao longo dos anos, como ‘Shake’, ‘Twisting The Night Away’ e ‘Having a Party’. O estilo de Stewart é claramente inspirado em Sam. Com ‘You Send Me’, gravada em 1957, Cooke se tornou o primeiro artista negro a alcançar o primeiro posto nas paradas. Era arriscado um jovem artista gospel abraçar ‘a música do diabo’, mas Sam Cooke provou que era, de fato, possível conquistar os adolescent

es brancos e manter seus fiéis seguidores da Igreja. Bem antes de Otis Redding e Aretha Franklin, Sam Cooke já apresentava uma mistura única de sensualidade e espiritualidade. Suas canções suaves e de fraseado sofisticado influenciaram artistas de Al Green a Alicia Keys. E o legado de Cooke vai muito além das fronteiras da música.

A carreira de Sam Cooke foi tragicamente curta, mas meteórica em cada etapa. Nascido em Clarksdale, Mississippi, desde a infância, a sua voz eletrizou a congregação de seu pai a primeira Igreja Batista em Chicago. Com 19 anos, ele se tornou vocalista do grupo gospel ‘The Soul Stirrers’, ouvidos nas igrejas e nas discotecas ao longo de todo o Chitlin Circuit, nome coletivo dado para a cadeia de salas de espetáculos por todo o leste e sul dos Estados Unidos que eram disponibilizados para artistas negros durante a época da segregação racial. Sam Cooke redefiniu o gênero e se tornou icônico, primeiro do evangelho e, ironicamente, estrela sexy. As mulheres começaram a se reunir para os seus shows e gritavam ‘Sam, not Jesus!’. Profissionalmente, as coisas continuaram a vir facilmente para ele. ‘You Send Me’ ganhou disco de ouro, e foi seguida por outras. Na combinação de dois mundos, o seu constante desafio era cantar letras significativas com o fervor do evangelho e com o ardor das paixões. Ele chegou mais próximo

com ‘Chain Gang’, escrita durante a era dos direitos civis, e com ‘A Change Is Gonna Come’ que descreve a profundidade da dor e das perdas pessoais

Sam Cooke conseguiu o que nenhum outro artista negro nunca tinha sequer tentado, fundando sua própria gravadora e editora, e assim abrindo portas para outros artistas. E participou ativamente nos movimentos dos direitos civis. Ele teve a coragem de tomar uma posição aberta contra o racismo, se recusando a se apresentar em locais segregados no Sul e ganhando o apoio de Dick Clark, apresentador da televisão cujos shows estão entre os primeiros onde brancos e negros se apresentavam no mesmo palco e a platéia não era dividida entre negros e brancos. A história de Sam Cooke terminou abruptamente no auge de seu sucesso quando, aos 32 anos, em 1964, ele foi, inexplicavelmente, baleado e morto na companhia de uma prostituta, deixando um legado profundo e cheio de talento extraordinário. Sam Cooke foi morto a tiros por Bertha Franklin, gerente do Motel Hacienda, em Los Angeles, Califórnia. Bertha firmou à polícia que atirou e matou Cooke em legítima defesa porque ele a atacou. Na época, os tribunais decidiram que Cook

e estava bêbado e angustiado, e foi um homicídio ‘justificável’. Desde aquela época, as circunstâncias de sua morte têm sido amplamente questionada. No concreto há evidências apoiando uma teoria da conspiração

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